Avenida Frei Agostinho da Anunciação

É a principal entrada da freguesia, fica entre a rotunda de São Fiel e o Largo Egas Moniz (onde se encontra o recinto de festas). Esta estrada sofreu melhorias significativas num período recente, com o caminho alargado e a construção de uma faixa pedonal e espaços de lazer. 

Este troço fazia parte da Estrada Municipal 1224 e não tinha nome, e assim aproveitando estas obras a junta de freguesia decidiu batizar a estrada como "Avenida Frei Agostinho da Anunciação", e assim ao mesmo tempo homenagear uma personalidade ilustre da terra, que esteve ligado aos primórdios da fundação do Colégio de S. Fiel, edifício presente no fundo da avenida da qual passou a emprestar o seu nome.

Rua Dr.º José Ramos Preto

Esta é a mais importante rua de Louriçal do Campo, sendo a entrada principal da aldeia. Aqui se situa o edifício sede da Junta de Freguesia, onde funcionam os principais serviços, como a Extensão de Saúde, o Posto de Correios e o Espaço Cidadão. O andar de cima é ainda ocupado pelo Centro de Dia-Noite e Social de S. Bento.

Louriçal do Campo a rua Rua Dr.º José Ramos Preto no tracejado a vermelho

No decorrer da rua existe ainda a Capela de Nossa Sr.ª da Conceição, a Fonte Nova, um jardim e o Solar Ramos Preto, casa onde vivia a família Ramos Preto. Esta rua originalmente chamava-se rua da capela, mas depois da morte de José Ramos Preto foi renomeada em sua homenagem, pe33lo enorme contributo que esta personalidade deu a Louriçal do Campo.

Capela de Nossa Sr.ª da Conceição e a Fonte Nova 

José Ramos Preto foi um politico português nascido em Louriçal do Campo no ano de 1870, fazia parte de uma das famílias mais abastadas da região e com enorme influência local. Foi aluno externo do Colégio de S. Fiel, em Louriçal do Campo, e depois da Universidade de Coimbra, onde se formou em direito, seguindo a carreira de advogado, mais tarde teve uma curta passagem pela politica nacional em 1920, sendo eleito Presidente do Concelho de Ministros (o atual cargo de Primeiro Ministro) e Ministro da Justiça, cargos que ocupou por curto período tendo regressado a Louriçal do Campo nesse mesmo ano para dirigir o recém criado Reformatório Central de S. Fiel, numa reconversão das instalações do antigo Colégio de S. Fiel onde havia sido aluno, e possibilitou assim a criação de centenas de postos de trabalho para os seus conterrâneos. A nível regional destacou-se como senador por Castelo Branco, cidade onde foi também reitor do liceu, na sua terra natal contribuiu para várias causas, com ajuda aos mais necessitados, cedência de terrenos para construção, e sendo um dos fundadores da Sociedade Filarmónica. Viria a falecer em 1949, deixando um grande legado que ainda hoje perdura, deixou duas filhas, Ema e Stella, que não tendo deixado descendências foram também beneméritas com ajuda à comunidade e a cedência de terrenos, a elas foi colocado o nome no jardim local como forma de homenagem.

Largo Manuel Vaz

Este largo situa-se do lado oposto da entrada principal na aldeia de Torre, na estrada que liga Louriçal do Campo a Casal da Serra. É lá que situa a capela da Torre, dedicada ao Divino Espírito Santo, e em honra do qual se realiza a festa anual da aldeia que acontece no dia de pentecostes, sete semanas depois da Páscoa. Em frente da capela fica o recinto de festas da Torre, inaugurado no ano de 2007, e que era já um anseio antigo da população. É uma infraestrutura que dispõe de salão de festas, bar no rés do chão e palco na parte cima. Foi também pela mesma altura que se batizou este espaço como Largo Manuel Vaz (que até então era denominado por largo da capela), em homenagem a um ex-presidente de junta, natural da Torre, que de entre as várias obras que realizou na freguesia, se desatacam a vinda do saneamento e eletrificação pública, e da colocação das placas toponímicas. Para uma biografia detalhada sobre esta personalidade clique aqui.

Entrada da aldeia de Torre com o Largo Manuel Vaz no tracejado a vermelho

Capela do Espírito Santo

Rua Frey Agostinho da Anunciação

Situada no lugar de São Fiel (atual denominação do local anteriormente conhecido como Casal da Pelota), esta é a rua principal do centro da povoação, onde se localizam a maioria das habitações, este aglomerado de casas surgiu ainda com o Colégio de S. Fiel em funcionamento. Algumas das casas eram alugadas aos jovens que frequentavam o colégio como alunos externos, solução que ficava mais em conta financeiramente, sendo que os mesmos eram auxiliados por empregadas domésticas. Ainda dessa altura datam a existência naquele local, de uma taberna e um posto de correios, décadas mais tarde algumas das casas serviriam ainda de habitação a funcionários do Instituto de S. Fiel que ali se vieram a fixar. A rua começa numa via estreita que a liga à avenida principal, e consiste num pequeno pátio, onde se estende ainda por mais por uns metros.


A rua deve o seu nome a Frei Agostinho da Anunciação, padre franciscano natural de Louriçal do Campo, que em parte foi o grande responsável pelo crescimento deste lugar, que era originalmente chamado de Casal da Pelota (nome pelo qual algumas pessoas ainda o tratam), e que antes da chegada do colégio, era uma zona basta, essencialmente usada para pastoreio. Foi Frei Agostinho da Anunciação que em 1852 aqui abriu o "Orfano de S. Fiel", instituição que evoluiu ao longo dos anos, passando por colégio, reformatório central, instituto de reeducação e por fim centro educativo. para saber mais sobre a vida e obra de Frei Agostinho da Anunciação clique aqui. Antes da colocação da placa toponímica que deu o nome de Frei Agostinho da Anunciação a esta rua, aquele conjunto de casas em frente ao edifico do colégio era mencionado apenas como "Bairro de São Fiel".

Bairro Cabeço do Barreiro

Este bairro está situado na zona sul da aldeia, e deve o seu nome à numerosa existência de "cabeços" naquela área, que são rochas de grande dimensão, já desgastadas pelo tempo, que abundam na Serra da Gardunha, sendo que há algumas zonas no meio do bairro onde se encontra uma grande quantidade de cabeços, pois a presença dos mesmo impediu a construção de habitações nesses espaços. Existe ainda o pormenor deste bairro se localizar numa zona muito inclinada, que no vocabulário popular é denominada como uma "barreira", esse expecto influenciou também o nome do bairro, que nas placas toponímicas é referenciado apenas como "Bairro do Barreiro", mas localmente é mais conhecido simplesmente como "bairro dos cabeços".

Vista de Louriçal do Campo com a localização do bairro
A construção deste bairro deu-se nos finais da década de 60, quando a aldeia foi aumentado para sul, e o seu crescimento continuou até inícios da década de 80. Por vários motivos económicos e sociais relacionados com a própria evolução do país, quer pela maior facilidade no acesso à aquisição de terrenos, quer pelo maior poder de compra e o dinheiro que vinha da emigração, começaram-se a construir cada vez mais habitações naquela zona, até darem origem aquilo que é hoje o bairro. A própria inclinação e instabilidade daqueles terrenos, onde existem os tais cabeços, impediu que o bairro pudesse crescer ainda mais, sendo este um problema comum a todas as zonas que se encontram ao redor da aldeia. O bairro é atualmente constituído por ruas numeradas, algo que aconteceu apenas á alguns anos atrás, pois antes disso todas as ruas se chamavam Rua Cabeço do Bairro, o que dificultava os serviços dos correios, sendo assim existem a Rua 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Ruas do bairro

Este local faz ainda a ligação entre o Louriçal do Campo e a "Oles" caminho que dá posteriormente acesso às estradas em direção às freguesias vizinhas de Sobral do Campo e São Vicente da Beira, sendo por isso algo movimentado. Para além da existência do cemitério da freguesia, cuja construção remonta a 1886, há que destacar ainda neste bairro a presença de um armazém de produtos agrícolas, uma queijaria, e uma fonte, construída pelos moradores em 1980 e baptizada como Fonte de S. João.

Bairro da Senhora da Serra

Este bairro está situado na zona norte de Louriçal do Campo, nuns terrenos nos arredores da aldeia, e já perto da serra, num local conhecido como Terreiro da Sr.ª da Serra, pois diziam os antigos que esta santa terá aparecido não muito longe dali, no sitio da Penha, no alto da Serra da Gardunha, numa zona rochosa perto de Castelo Velho, onde chegou a ser construído um santuário do qual restam ainda alguns vestígios. Existia uma romaria a Sr.ª da Serra até esse santuário, e na qual o povo de Louriçal do Campo era presença frequente. Para saber mais sobre a Penha da Sr.ª da Serra clique aqui.

Vista de Louriçal do Campo com a localização do bairro

No inicio década de 70, por vários motivos económicos e sociais relacionados com a própria situação do país, quer pela liberalização dos terrenos quer pelo dinheiro que vinha da emigração, começaram-se a construir habitações naquela zona, cujos terrenos pertenciam à família Ramos Preto e que de certa forma facilitou a sua aquisição. Nasceu assim o Bairro da Senhora da Serra, que manteve a ligação ao nome da santa a que estava já associado aquele sitio. A própria inclinação e instabilidade dos terrenos daquela zona, que está já muito perto da Serra da Gardunha, impediu que o bairro pudesse crescer mais, sendo este um problema comum a todas as zonas que se encontram ao redor da aldeia. O bairro é atualmente constituído por ruas numeradas, algo que aconteceu apenas á alguns anos atrás, pois antes disso todas as ruas pertenciam à Rua da Sr.ª Serra, o que dificultava os serviços dos correios, sendo assim existem a Rua 1, 2, 3, 4 e ainda uma pequena via que é Travessa da Sr.ª da Serra.

Ruas do Bairro da Senhora da Serra

No cimo bairro, ao centro da Rua 4, existe a Fonte do Bairro da Sr.ª da Serra, que foi construída em 1975 por alguns moradores do bairro que se juntaram para dotar aquele espaço de um local onde se pudessem abastecer de água, pois na altura a água canalizada ainda não tinha chegado à aldeia.

Praça Marechal Carmona

É o ponto central da aldeia, onde diariamente toda a gente se desloca sendo o local mais frequentado da freguesia, neste espaço amplo existem alguns estabelecimentos comerciais como um café e a farmácia, para além de um pequeno jardim que serve de zona de lazer. Tem o nome de Praça Marechal Carmona, em homenagem a Óscar Carmona, militar e politico português que foi um dos lideres do golpe de estado de 28 de Maio de 1926, após o qual Portugal entrou numa ditadura onde ele se tornou o presidente, lugar em que se manteve até à data da sua morte em 1951.

Vista geral de Louriçal do Campo com a localização da praça

Praça no tracejado a vermelho

Perto da Praça, mas já na Rua Dr.º José Ramos Preto, encontra-se uma fonte, que dá pelo nome de Fonte Nova em detrimento de não muito longe dali existir outra fonte mais antiga (que passou a ser a "fonte velha"), este fontanário apresenta um belo trabalho em cantaria, sendo um dos maiores símbolos de Louriçal do Campo. Foi mandada construir por um médico local e à altura também presidente da junta de freguesia, o Dr.º Eugénio Campos, e inaugurada em 1932, contra a vontade do Dr.º Ramos Preto que não a queria naquele lugar, e por isso não esteve presente na sua inauguração. Como naquela altura Portugal se encontrava sob um regime fascista denominado "Ditadura Nacional" (que antecedeu ao Estado Novo), esta fonte tem uma inscrição com a frase "Obra da Ditadura", o que faz com que ela seja também apelidada de "fonte da ditadura". 

O facto da praça ter o nome de Marechal Carmona poderá estar directamente relacionado com esta fonte, pois à época era ele o chefe de estado, não se sabe se o próprio esteve ou não presente na inauguração, mas possivelmente foi colocado o seu nome na praça da aldeia por essa altura, não havendo contundo certezas sobre essa questão, porque durante as décadas seguintes ao ano de inauguração da fonte continuam a existir referências ao "Largo da Praça" em registos oficiais, o que pode significar que o nome de Marechal Carmona tenha sido colocado à praça muito tempo depois, provavelmente até pode ter sido após a morte do mesmo, pois a atribuição do seu nome supõe uma homenagem, e para isso teria de haver um motivo concreto. 

Fonte Nova